Assassinos dos mares


De acordo com o filme Save Willy, depois de o verem, todos pensaram como as orcas são pacíficas. Que elas têm uma natureza gentil, quase ao ponto de serem domesticadas e amigáveis. Claro que tudo não passa de uma história fictícia de um filme. Na realidade, as baleias assassinas são predadores e assassinos implacáveis. Este facto é evidenciado pelo seu nome genérico – predadora.

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As baleias assassinas encontram-se no topo da cadeia alimentar marinha. Isto significa que não tem nenhum predador a temer e é ela própria o predador a temer dos outros animais marinhos que fazem parte da sua dieta. Estes são principalmente focas, pinguins, peixes, aves ou mesmo tubarões. Chegam mesmo a atacar e a caçar outras baleias.

São muito inteligentes e trabalham em estreita colaboração quando caçam. Desenvolveram um sistema de caça e utilizam-no. Outros cetáceos também podem ser vítimas delas, especialmente quando são jovens. Sabe-se que tentam separar a cria da mãe, que tem poucas hipóteses de a defender. Primeiro, tentam prender a cria com o seu próprio peso, empurrando-a para o fundo e tentando afogá-la de modo a que não possa respirar à superfície. Se este método falhar, entra em ação a força bruta. As orcas batem na cria de todos os lados a alta velocidade até a espancarem até à morte.

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Há também um caso bem conhecido de caça sincronizada de focas. Estas últimas são muito rápidas e ágeis quando se deslocam na água e são capazes de nadar as orcas até aos blocos de gelo. Mas mesmo aí não estão seguras. Devido ao aquecimento global e ao derretimento dos glaciares por ele provocado, os blocos de gelo já não têm a espessura de outrora. Se uma foca estiver deitada num bloco de gelo e uma orca a avistar, ela consegue aguentar-se. As baleias nadam em sincronia por baixo da crosta e, em conjunto, batem-lhe por baixo ao mesmo tempo e em sítios diferentes para que se parta. O kra rebenta então e a foca cai na água sem saber, altura em que é demasiado tarde para recuperar, e assim a orca vence novamente.